domingo, 8 de agosto de 2010

Adolescência: Pais e filhos numa eterna briga

Na Bíblia encontramos diversos exemplos de filhos que ao desobedecerem a seus pais encontraram durante a vida seus castigos, pois feriu diretamente os conselhos e os mandamentos da Bíblia, a grande questão é que a própria palavra de Deus lembra os jovens que dos dez mandamentos, um tem promessa pra vida de quem o obedecer. Honra teu pai e tua mãe para que sejam prolongados os seus dias sobre a face da terra. Ou seja, a promessa pra quem honrar os pais em vida é que teriam dias acrescentados sobre a terra.

Isso se torna uma conversa tão chata, sem lógica e sem sentido quando se tratam de adolescentes, porque parece que nessa fase as coisas saem do controle dos pais, os jovens parecem não ter consciência de que é preciso estar ligados em Deus a fim de receber bênçãos e vitórias sobre suas vidas. Porem o que fazer se o descontrole é por parte dos pais? Xiiii... Ainda mais que os pais em 90% dos casos não admitem estarem errados, ou que podem ter falhado.

Ao darmos uma voltinha no túnel do tempo, vemos que os pais de hoje não entendem essa fase difícil do adolescente por quê? Porque eles próprios não tiveram adolescência, não tiveram seu espaço e liberdade como hoje. Pelo contrario, aprenderam que desde cedo deveriam trabalhar para ajudar os pais na difícil vida que levavam, pois o sustento da casa dependia diretamente do quanto à família produzia diariamente nas lavouras e comércios da região. Os pais de hoje, nas décadas anteriores se matavam de trabalhar, não raro com 5 ou 6 anos de idade. Outros um pouco mais modernos começaram com 11 ou 12 anos vendendo coisas, aprendendo outras, e vivendo apenas para trabalhar e ajudar no sustento da família. Assim compreendemos que parte dos conflitos que hoje encontramos com pais e filhos são por essa razão, pais acostumados a trabalhar e se sustentarem e filhos “acomodados”.

A razão pela qual trago acomodado em destaque é o fato de ser esta uma opinião particular dos pais, uma vez que acham que os filhos devem ser ensinados da mesma maneira e rigor com que foram tratados no passado. O mundo esta em constante transformação, uma verdadeira metamorfose. Os pais acham que não devem acompanhar as mudanças porque o que aprenderam no passado é suficiente para levar a vida de sua família até o fim, vivendo bem. Mas a questão é que os pais da época não souberam trabalhar o período de desenvolvimento que seus filhos passaram por isso os pais de hoje chegam a não aceitar a adolescência como fato, pois crêem que os filhos devem seguir seu exemplo e ir à luta. Quem não recebeu amor e carinho não conseguirão expressar e nem dar amor e carinho, por isso a relação pais e filhos hoje se torna conflituosa.

De um lado ouvimos os filhos declararem, “meu pai não me entende”, “minha mãe não me escuta”, “meus pais não conversam comigo”. Fico assombrado quando descubro que nos lares desses adolescentes incompreendidos o regime familiar é uma ditadura, na maioria dos casos o pai é senhor absoluto e dita todas as regras e ordens. Com isso sabemos que foi essa forma de criação que tiveram. Na verdade os pais pensam que por terem sido bem sucedidos em sua caminhada da forma como foram criados, acham que os filhos também serão porem não sabem eles que nada estão fazendo alem de se afastarem e entregarem os filhos a deriva. A vida ensina uma lição pratica para os pais ranzinzas e ditadores, ame e seja amigo do seu filho antes que o trafico o adote. Na verdade, os pais não têm dialogo com os filhos, não sabem o que pensam, não sabem como agem e nem como agirão no futuro que está por vir, pois nada fazem alem de cobrar e cobrar caro dos filhos.

A maior reclamação dos pais é que os filhos são preguiçosos, não obedecem às ordens, que não respeitam os pais, sempre fazem o que desejam e não os consultam. Os pais sentem que durante a adolescência os filhos se afastam e nada fazem de bom para mudar esse quadro, pelo contrario, pais se revoltam ainda mais, pois vêem que estão perdendo o controle sobre a vida dos filhos. Nesse caso, pais e filhos saem perdendo. Pais porque não escutam filhos que por se sentirem injustiçados desrespeitam os pais e daí a situação de agressão passa a ser mutua.

É grande o numero de pais em consultórios de psicólogos, conselheiros, pastores e lideres com a mesma reclamação, estou perdendo o controle dentro de casa, meus filhos não me respeitam mais. E da mesma forma que encontramos pais com essas reclamações, vemos filhos reclamando que não são ouvidos, respeitados, amados. Os pais devem saber que no período da adolescência, a intenção do jovem é seguir sem a presença dos pais, pois estão tentando serem independentes, querem crescer e mudar de fase, mudar de vida. Estão firmando sua própria identidade, está indo em busca de quem são verdadeiramente. No caminho eles encontram pais que não os compreende e não sabem como lidar com a situação que está diante de seus olhos.

Os filhos sempre reclamam da falta de oportunidade que os pais lhe dão para serem livres, das cobranças que recebem dos pais para trabalharem e adquirir experiência pro futuro. Olhe o que diz Pedro – 16 anos; “ meu pai sempre cobra que eu trabalhe para ajudar em casa, determinou que não vai me dar mais nem uma roupa, sapato e que para comer terei de dar a ele metade do meu salário para pagar as despesas com água, energia e alimentação. Não acho ruim trabalhar, mas sempre que dou o dinheiro a meu pai ele pede mais. As vezes fico afim de sair final de semana e não tenho dinheiro, quando digo que estou economizando para o fim de semana com os amigos ele diz que eu tenho é que pensar numa forma de ganhar melhor.”

Não quero julgar esse pai, mas o que vejo é que Pedro é um escravo dentro de casa, sempre que conversamos ele diz que o pai nunca para ouvi-lo, ajuda-lo ou dar amor e carinho. Hoje, cursando o segundo grau e muito bom em vôlei, ele disse que o pai nunca foi a um jogo oficial, a um treino ou a uma brincadeira na escola. Ele nunca entendia porque nas festas do dia dos pais na escola quem sempre ia era a mãe. Ou seja, Pedro encontra um pai que cobra muito e dá pouco, tudo que ele quer um pouco de atenção.

Os adolescentes deveriam ver nos pais um modelo a ser seguido, um exemplo de vida e luta, mas e vemos totalmente o contrario, filhos cada vez mais declaram que “não vou ser pra meus filhos o que meus pais são para mim”, ou seja, vêem nos pais exemplos de pessoas que não devem se tornar no futuro. Isso é humilhante pro pais saberem disso, mas a grande questão é que os pais abrem lacunas que os afastam dos próprios filhos e vemos depois disso nada mais que uma família se suportando por conveniência e nada mais. Os filhos cada vez mais frustrados se afastam dos pais e vão em busca de outros caminhos. Não raro dentro das igrejas, pastores, pregadores e intercessores são orientados por Deus a orar e repreender espírito de suicídio, espírito de depressão, espíritos de morte na vida dos jovens e adolescentes. Por quê? Porque dentro de casa são tratados como animais, são tratados como seres repugnantes.

Cada vez menos os pais sabem como lidar com os filhos, não tem dialogo, não tomam decisões juntos. Quantas vezes escutamos que pais não entendem os filhos? Nada mais triste de saber que você não pode contar com seu pai ou sua mãe. Mães que acham que porque sofreram no passado, as filhas devem ser guardadas em cofres a sete chaves. Vemos a todo instante meninas fugindo de casa por não serem compreendidas, aceitas e amadas? A maioria das meninas que ficam grávidas antes do tempo, os pais são pessoas ausentes de suas vidas ou não as deixaram namorar.

É bem verdade que os pais são culpados e responsáveis, isso porque são antiquados, desatualizados e acham que sabem muito e não sabem nada. Moças são tratadas como prisioneiras dentro de casa, isso é um absurdo. A grande questão é saber como mudar esse quadro e ser pais melhores?

O primeiro grande passo é saber que como pai, você não sabe todas as coisas, ou seja, você não é infalível, somente Deus o é. Então é hora de começar a conversar mais com os filhos, dedicar-lhes mais tempo, passar saber, o que pensam e tentar mudar para melhor. Levar em consideração suas vontades e opiniões. Se não é do seu agrado tal coisa, vamos conversar, ter dialogo e ponderar. Chegar num acordo. Sabia que quando um adolescente participa da criação de uma regra, dificilmente ele a desobedecerá? Parece um absurdo pensar que pais inteligentes permitiriam que seus filhos participassem da criação de uma regra, mas é um método que tem funcionado bem, se acompanhado com dedicação dos pais para com o adolescente.

Pais passem a cobrar menos de seus filhos, pressiona-los com coisas banais. Para você pode ate ser algo serio e importante, mas com pressão e brigas você não vai para frente. Seus filhos precisam ver em você um amigo, um companheiro com quem possa contar nos momentos de dificuldades. Certas atitudes tomadas pelos pais como medidas de proteção para os filhos podem ser prejudiciais. Somos pessoas individuais, e um grande problema que os filhos têm é com os irmãos, pois os pais querem criá-los iguais, quer que sejam iguais somos seres individuais, o que nos torna diferentes dos outros. Eu me lembro, por exemplo, que meu irmão é sempre atirado, bem relacionado, cercado de amigos, ele era bravo, brigão, namorador, bom jogador de futebol, gostava das ruas e campinhos da região. Era como meu pai no passado, eu totalmente o oposto do meu irmão, gostava de ficar dentro de casa, ler muito, calmo, apanhava na escola e chegava chorando.

Sofri de bullying (processo de humilhação repetitiva, pode levar a criança a loucura, confusão mental e ao suicídio ou homicídio das pessoas que provocam seu sofrimento) por muito tempo de minha vida, passei a ser um garoto triste pelos cantos e uma pessoa sensível emocionalmente, para meu pai aquilo era bobeira, ele dizia que eu deveria entrar na briga, fazer coisas de criança e me pressionava, gritava comigo, enfim, fazias coisas para chorar, e dizia que isso era pro meu bem, para eu não ser bobo, era pra me ajudar a ser melhor. Eu acho que o maior medo dele era de eu me tornar homossexual com toda essa sensibilidade. Claro que eu não seria, pois sempre amei a meu Deus e tudo que Ele criou, mas a lição que você deve tirar é que nunca você deve comparar seus filhos. No meu caso eu superei tudo com a ajuda de Deus, porem chamo a sua atenção, pois se seu filho não encontrar apoio dentro de casa ele vai achar fora, só não sabemos se esse apoio vai ser bom.

Outro grande erro dos pais são se projetarem nos seus filhos, ou seja, quer que os filhos sejam aquilo que não conseguiram se tornar durante a vida. Conheça Donatela: “ sempre quis ser jornalista, amo comunicação e era uma pessoa bem informada, mas depois do fim do colegial minha vida se tornou um calvário, pois minha mãe quer que eu seja medica e devo primeiro ser enfermeira, me obrigou a estudar enfermagem, prestei o primeiro vestibular e não passei, apanhei que tenho hematomas ate hoje, estou fazendo mais cursos de enfermagem e prestes a outro vestibular, mas quando terminar a faculdade vou dar a ela o diploma e seguir minha vida, isso se eu não suicidar antes, é que não agüento mais ela no meu pé. Tudo que eu faço para ela está errado, no fim de semana ela não me deixa sair e as vezes nem me deixa ir para igreja para estudar, não agüento mais estudar. A primeira vez que fizemos aula pratica e vi sangue, desmaiei, mas minha mãe é um general da força tática anti-terrorismo, não me deixa respirar.”

Os pais devem ajudar e orientar seus filhos em busca de seus sonhos, e não achar que podem manipulá-los para vê-los fazer o que vocês querem, ou querer que seja o que não foram vocês. Por fim, o tratamento pais e filhos podem ser abençoados ou traumatizantes para ambos os lados, e o poder de decidir estão em suas mãos.

Que a paz do Senhor Jesus Cristo seja convosco. Quero conhecer sua historia, saber o que está acontecendo com você. Espero seu contato.

Por: Pastor Thiago Cotrim

Meu último presente




Dia dos Pais é um dia especial na vida de todos nós. Dia de dar e receber presentes, beijos, abraços e expressões de afeto.

Lembro-me, perfeitamente, do último presente dado ao meu pai. Naquele 13 de agosto de 1995, com meu pai internado em um hospital, em estado quase terminal, perguntei a mim mesmo: Que presente darei ao meu velho? Um pijama, uma sandália? Não tinha opções. Meu pai já não podia mais levantar da cama, vitimado pelo câncer. Confesso que fiquei angustiado com a situação. Com o coração pesado, me dirigi para o hospital sem nenhum embrulho nas mãos. Sabia que aquele era o último Dia dos Pais que passaria com ele. Entrei no quarto, um tanto quanto triste, e vi aquele semblante já bastante abatido, cansado pelas lutas com a doença que consumia seus ossos. Mas logo pude perceber qual poderia ser o meu último presente. Sua barba, ainda por fazer, era uma oportunidade perfeita para expressar o meu afeto naquele dia especial. Com carinho, comecei a fazer-lhe a barba. Cada ato era um presente que lhe oferecia. Eu já estava acostumado com aquilo, mas aquele dia foi diferente. Depois de terminado, passei a loção, enxuguei o seu rosto e beijei sua face, e falei que aquele dia era o Dia dos Pais. Treze dias depois, meu pai veio a falecer.

Passados quase dois anos, aquele gesto me faz pensar que foi o presente mais significativo que dei ao meu pai. Nunca esquecerei daquela tarde, naquele quarto de hospital. O meu último presente não teve um embrulho especial, não foi comprado em um shopping, não paguei nada por ele. Aquele foi um presente do coração, da alma.

Às vezes, os melhores presentes não custam nada. Apenas um gesto de amor, um abraço gostoso, uma palavra de carinho, um silêncio solidário, um olhar de ternura, um elogio sincero. São presentes que nascem em um coração que ama.

No Dia dos Pais, procure esses presentes que estão escondidos no fundo do seu coração. Procure presentear o seu pai com perdão, sua aceitação
(nossos pais não são perfeitos!), com um abraço, uma declaração de amor, uma palavra de gratidão. Tenho a certeza que o seu pai vai gostar, mas você será o maior beneficiado. Você se tornará mais gente, mais humano, mais parecido com Cristo. Ele, que através de gestos de amor, toques de bondade, evidências claras de humildade, soube conquistar corações.

A você, papai, nossos parabéns! Que você valorize mais esses presentes.

A você, filho, desejo que tenha muitos “Dia dos Pais” e que cada um destes dias, bem como os demais, sejam uma eterna e doce recordação, independente das circunstâncias.

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Por Vida Net

PAIS COMPADECIDOS, FILHOS CONFIANTES!

*
"Assim como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece daqueles que o temem." (Salmos 103 : 13)

    O Dia dos Pais já está chegando... é sempre louvável e merecidas as homenagens que os filhos dedicam aos seus genitores, gosto da comparação que este versículo faz que Deus se compadece de nós assim como um pai se compadece dos seus filhos, que linda imagem o Senhor tem dos pais, como alguém que sente compaixão. Mas assim como o irmão do filho pródigo que imaginava que seu pai era insensível, muitos filhos hoje também julgam assim, mas na maioria dos casos o que falta é simplesmente um olhar mais atencioso para enxergar que por muitas vezes seu pai te tratou com atenção, cuidado e compaixão.   

Se ele já tiver partido agradeça a Deus por sua existência. Se você tiver a bênção de tê-lo por perto não se esqueça de abraçá-lo, e se não, um telefonema pode trazer alegria a um rosto cansado. Mesmo que o relacionamento com seu pai não tenha sido o que você gostaria, agora é a oportunidade perfeita para um presente que vai abençoar os dois: O PERDÃO. Esse sentimento só nasce em um coração compadecido, você que é ou será pai, aproveite para investir em seus filhos e assim marcar a vida deles de uma maneira bondosa e inesquecível.

    Quero parabenizar a todos os pais que criam seus filhos de acordo com a Palavra de Deus, assim a igreja cresce e se fortalece e a sociedade se beneficia com cidadãos melhores, conscientes e cumpridores de seus direitos e deveres.

"A coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos filhos são seus pais." (Provérbios 17 : 6)
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Dóris Moura
doris_moura@yahoo.com.br

QUERIA QUE MINHAS FILHAS SOUBESSEM...(PARA O DIA DOS PAIS)

Queria que minhas filhas soubessem...

    Que os engarrafamentos me fazem querer ter asas e geralmente esqueço que não sou um pássaro.

    Que os shoppings me parecem feiras livres empacotadas para presente.

    Que não troco uma boa dobradinha por um “mac lanche feliz”, cuja felicidade não está no preço, com certeza!

    Queria que elas entendessem que prefiro descansar parado, do que praticar esportes radicais nos meus momentos de lazer.

    Que o Grupo Logos me deixa mais sereno, embora não tenha nada contra o “Oficina G3”.

    Que minhas pesquisas são mais complicadas com meus livros do que em um site de busca da Internet, mas que pesquisar faz parte de uma mente que se habituou com exercícios intelectuais.

    Queria que elas soubessem que é ótimo poder me comunicar de qualquer lugar, mas que existem momentos que ter um celular fora de área é um presente de Deus.
    Queria que elas soubessem que mesmo amando ouvir músicas num mp3, ainda amo escutar o silêncio que a cada dia se torna mais escasso. (o fone de ouvido com o aparelho desligado é uma alternativa, mas não conte pra muita gente).

    Mesmo podendo mandar emails para todas as pessoas do planeta, me emociono com um simples bilhete cuja caligrafia autentica a sensibilidade ímpar que caracteriza o momento e a espontaneidade de quem escreveu.

    Queria que minhas filhas soubessem que entendo tudo que se passa ao meu redor, mas não sei ainda como armazenar todas essas novidades dentro de um mundo que aprendeu a consumir mais do que se dar; conectar-se em vez de se tocar; alienar-se diante de telas de LCD e se arriscar a romper relacionamentos com uma simples queda de energia, protegidos apenas por um no-break.

    Tenho dificuldades de obstruir meus ouvidos para ouvir músicas enquanto caminho pelas ruas, pois me sinto vendo a introdução de um filme que nunca começa.

    Queria ter todo esse aparato tecnológico em minha época de adolescência e juventude, mas não poderia hoje contá-las sobre carrinhos de rolimã descendo a ladeira, escaladas em árvores e muros para saborear mangas, cocos e tamarindos do quintal dos vizinhos.

    Não poderia mantê-las atentas ao me ouvirem narrar as aventuras dos campeonatos de futebol-de-botão da rua, nem como conseguíamos belos esconderijos no pique-lateiro.

    O que elas contarão para seus filhos? Sobre as pessoas interessantes que conheceram virtualmente e não podem provar ser quem dizem que é?

    Será que se emocionarão contando sobre os obsoletos jogos do Nintendo que ensinavam como guerrear com os antepassados do planeta, que preservavam as baleias, defendiam o fim da união homossexual, pregavam a monogamia e falavam de um homem que morreu na cruz se auto-intitulando, DEUS?

    Que elas me amem do meu jeito, assim como as amo e as admiro por conseguirem absorver tantas informações sem deixar de serem admiradoras curiosas das aventuras de seu velho pai.




RICARDO MAIA
prricmaia@hotmail.com
Batista Monte das Oliveiras
Rio de Janeiro